sábado, 29 de janeiro de 2011

MEIER

História 

O Méier, era ainda um ponto zero no Mapa do Rio de Janeiro e quem comandava a vida suburbana mais próxima de São Cristóvão, era o Engenho Novo. No inicio do séc. XVIII, na região do Méier, predominava um verdadeiro mar de cana de açúcar, onde os jesuítas eram os verdadeiros donos dessas terras na Fazenda do Engenho Novo na área do Méier. Em 14 de março de 1760, devido a um desentendimento com a Corte Portuguesa, foram expulsos do Brasil, em cumprimento do Alvará de 03 de setembro de 1759, os padres jesuítas, abandonavam suas terras e por ordem do Vice-Rei, as terras foram vendidas e leiloadas e divididas em 03 partes: ENGENHO VELHO, ENGENHO NOVO e SÃO CRISTÓVÃO.Os novos proprietários do Engenho Novo eram os senhores Manoel de Araújo Gomes, Manoel Joaquim da Silva Castro e Manoel Teixeira, que imediatamente trataram de explorar a região. 


O ÍNICIO DE TUDO: A OCUPAÇÃO 


A ocupação da Região Grande Méier começou quando Estácio de Sá doou aos jesuítas a extensa Sesmaria de Iguaçu. Esta Sesmaria englobava uma vasta extensão de terras que incluía os atuais bairros do Grande Méier e de outras Regiões, como Catumbi, Tijuca, Benfica e São Cristóvão. No entorno do atual bairro do Méier, os padres instalaram três engenhos de açúcar: Engenho Velho, Engenho Novo e São Cristóvão. 

Os jesuítas utilizavam grande número de escravos em seus empreendimentos, o que impulsionou a ocupação territorial e a expansão demográfica da área. A colonização teve início nos territórios do Engenho Velho e do Engenho Novo, estendendo-se posteriormente aos núcleos que se formavam no entorno dos templos construídos pelos religiosos, como a Igreja de São Francisco Xavier (1625). 

O CRESCIMENTO E A DESCOBERTA DE OURO 

A construção, em 1720, da capela dedicada a São Miguel e N. Sa. da Conceição, no Engenho Novo, impulsionou o crescimento da área que ia do Engenho Novo e Benfica até o atual bairro Engenho de Dentro. Em 1759, quando o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas, as terras passaram às mãos de Manuel Gomes, Manuel da Silva e Manuel Teixeira. Com o objetivo de explorar a madeira e, posteriormente, para o cultivo de frutas e hortaliças, os três devastaram as matas ainda existentes, formando os grandes espaços vazios que atraíram posseiros e foreiros e permitiram a ocupação do solo. 

Os escravos forros construíram barracos no Morro dos Pretos Forros, estendendo a ocupação ao entorno dos núcleos nascidos devido à influência religiosa. Mais tarde, a colonização foi acelerada com a descoberta de ouro nas proximidades da atual Rua Frei Fabiano, adensando-se nas encostas do conhecido Morro do Vintém, assim chamado popularmente em função do pagamento, com poucos vinténs, pelo trabalho de escravos e homens livres pobres, no garimpo de ouro. 

O NASCIMENTO DO SUBÚRBIO CARIOCA, AS MUDANÇAS URBANAS 

Em 1783, foi criada a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Engenho Novo. Pode-se dizer que os subúrbios cariocas nasceram no Engenho Novo, pois foi a partir daí que o progresso se acentuou. Dois outros bairros tiveram também grande importância para o crescimento da Região: Engenho de Dentro e São Francisco Xavier. Do século XVIII até o Segundo Império, a Região adensou-se gradativamente, tendo sido ocupada por chácaras e sítios. O comércio foi se desenvolvendo no entorno dos antigos engenhos, capelas foram implantadas e núcleos sub-urbanos surgiram com mais intensidade. Um desses locais de comércio, a Venda do Mateus, deu origem ao atual bairro do Lins de Vasconcelos, entre Engenho Novo e Engenho de Dentro. 

A família Duque-Estrada Meyer teve um papel relevante no desenvolvimento da Região. Inicialmente, através da atuação do comendador Miguel João Meyer, português de origem alemã e um dos homens mais ricos da Cidade, no final do séc. XVIII. Posteriormente, já no Império, através das iniciativas de seu filho, o camarista Augusto Duque Estrada Meyer. Por suas funções e qualidades pessoais, o camarista tornou-se um nobre com grande influência junto ao Imperador Pedro II. Tendo herdado jóias do pai, estas lhe possibilitaram tornar-se grande proprietário de terras na Região. E sua visão progressista transformou a área, que perdeu o aspecto tipicamente suburbano do Segundo Império para assumir uma feição urbana. 

OS DUQUE ESTRADAS 

A Real Fazenda do Engenho Novo também foi vendida, arrematando também a fábrica de açúcar que existia no local. Uma boa porção de terras passa para as mãos do Capitão de Milícias José Paulo da Mata Duque Estradas, que as recebeu de herança de seu pai, que havia comprado do espólio dos padres. As terras recebidas se estendiam na sua testada, numa extensão de 800 braças, indo da Praia Pequena, atualmente Benfica, até Inhaúma ( enxurrada barrenta ), tendo ao fundo, duas léguas.. 

O início do desenvolvimento da região, foi incrementado pelos DUQUE ESTRADAS com vários roçados, desenvolvimento da criação de muares, galináceos, sendo construído um trapiche e uma olaria. D.Dulce Duque Estrada , solicita ao Vice-Rei, todos os territórios e alagadiços entre os fundos de sua quinta (fazenda em Portugal), a ” Quinta dos Duques “, no Engenho Novo, como também, o Mar de Manguinhos, pois sem eles, ficaria estrangulado, sem livre comércio com a cidade. Os mangues serviam para abastecer de lenha para a sua olaria e o rio Faria irá servir de acesso para as pequenas embarcações que carregavam e descarregavam no seu trapiche que ficava na Estrada Real de Santa Cruz, entre a Vieira Fazenda e Maria da Graça. 

OS DUQUE ESTRADAS MEYER 

Surgiram do casamento do Guarda Roupa do Paço, Comendador Miguel João Meyer com D.Jeronima Duque Estrada. Português de origem alemã, homem de boa letra , deve ter chegado ao Rio de Janeiro antes de D.João VI, porque ao morrer em 1833, seu primogênito, o Camarista, tinha pouco mais de 30 anos. Só deixou para os seus herdeiros em matéria de imóveis, 04 casebres na Vila Real da Praia Grande, hoje, Niterói, sua fortuna era constituída sobretudo em jóias, roupas, moveis, na sua casa, na Rua Formosa, hoje, General Caldwell. Devemos destacar em seu testamento também: 

Coleção de jóias, incluindo uma pluma de brilhantes no valor de 6 contos, sendo avaliada em 36 contos e 700 mil réis;. 

42 escravos que o serviam na condição de Guarda Roupa Real, no valor de 19 contos e 250 mil réis; 

Fardas bordadas a ouro, dezenas de camisas e calças coloridas e as roupas de suas famílias, calculadas em 7 contos e 700 mil réis; 

Seu enterro, ficou em 500 mil réis, com a catacumba numa igreja e caixão de madeira com asas douradas, exposto em casa todos decorado à caráter numa época em que geralmente, os mortos eram enterrados envoltos nos hábitos das Irmandades a que pertenciam, vários de seus escravos menores, foram enterrados em panos brancos em Inhaúma, deixando jóias no valor de centenas de mil réis. 

OS CAMARISTA MEYER 

Os anos foram passando, e por volta de 1870 no lugar que se conhece como Rua Camarista Meyer, surge uma fazenda que foi doada pelo Imperador D.Pedro II ao “Gentilhome”, um senhor da maioria ou da boa porção das terras de D.Dulce Duque Estrada que tinha um parentesco distante, Comendador AUGUSTO DUQUE ESTRADA MEYER, o CAMARISTA DO PAÇO, acompanhante de D.Pedro II em freqüentes cerimônias oficiais, que deu o nome de SÃO FRANCISCO DE PAULA, inscrito no livro de registro de terras da Freguesia de São Tiago de Inhaúma, sob o nº 68, fls 37 – vs, com data de 28 de fevereiro de 1856. 

Esta propriedade começava na cidade, indo até o Engenho de Dentro, na atual rua Dias da Cruz, a partir daí até um ponto com um marco de pedras, junto a Serra dos Pretos Forros, seguindo em linha reta para terminar no Caminho de Jacarepaguá. Cento e três contos era o preço de suas terras ainda não vendidas, o que valeria na ocasião, a mobília de jacarandá de 18 peças da sua casa no alto da mesma rua – Camarista Meyer, 100 mil réis e uma mesa redonda de magno no valor de 3 mil réis, um espelho grande com aparador no valor de 10 mil réis, um tilbury usado no valor de 20 mil réis, um cavalo russo em bom estado no valor de 5 mil réis, um alfinete para peito com brilhantes no valor de 200 mil réis. 

Entre os seus herdeiros, foram abertas ruas em seus domínios e até a presente data, muitas dessas ruas, ainda existem no bairro, entre eles: Maria Paula - filha; Carolina Meyer - filha; Francisca Meyer - filha (atualmente, Catulo Cearense); Joaquim Meyer - filho; Gustavo Miguel Duque Estrada Meyer - filho; Frederico Meyer - filho; Joaquina Rosa - esposa; Eulina Ribeiro - neta; Venâncio Ribeiro - esposo da neta; Adelaide - irmã; 

A MORTE DO CAMARISTA MEYER E A LINHA FÉRREA, A ORIGEM DO NOME AO BAIRRO 

Com seus extensos campos, a Região tornara-se importante para o crescimento da Cidade, no início por atender ao transporte coletivo – carruagens e bondes à tração animal – e mais tarde, por abastecer as tropas na Guerra do Paraguai. A partir da segunda metade do século XIX, quando começaram a circular os trens da Estrada de Ferro Pedro II, em 1858, os subúrbios foram definitivamente ocupados, ao longo da linha férrea e no entorno das estações. 

Em 1882, morreu o CAMARISTA MEYER, no momento em que os trens atravessavam suas terras, mas ainda não paravam nelas regularmente. Existia uma parada mais adiante na Chácara dos Bastos. 

Na passagem do Caxamby, foi designado um guarda chamado José Francisco que não tinha a perna direita, usando uma de pau, onde a população passou a chamá-la de CANCELA DO PERNA DE PAU, que ligava os dois lados da via férrea passando pelos terrenos dos Doutores Miguel e Joaquim Meyer, atualmente, são as ruas Medina e Coração de Maria, onde neste trecho, foi aberto uma passagem, em que o comboio, raramente fazia uma pausa, construindo mais tarde a Estação de Todos os Santos. 

Com a inauguração da ESTRADA DE FERRO D.PEDRO II, em 28 de março de 1858, onde com uma só viagem de ida e volta entre o Campo de Santana e Moxambamba, atualmente Nova Iguaçu, os seus chamados Serviços Suburbanos teriam inicio 2 anos mais tarde, em 1860.A parada do Engenho Novo em 1858, ocorreu quando foi inaugurada o 1º trecho da Estrada de Ferro Central do Brasil, que era única. Os trens na época faziam a linha de ponto inicial até Cascadura. 

Com o passar do tempo, o núcleo populacional foi crescendo junto à linha férrea e a partir daí, outras estações intermediárias foram surgindo, neste trecho, chegou a ter 17 estações. As terras foram loteadas e as ruas pantanosas foram sendo saneadas. Os bairros surgiam agora com uma feição mais urbana: Lins, Engenho Novo, Engenho de Dentro e Piedade, entre outros. Os nomes muitas vezes eram homenagens a importantes proprietários de chácaras na Região. A Linha Auxiliar (E. F. Rio Douro) incrementou a ocupação em outro sentido e de forma mais irregular, permitindo o aparecimento dos atuais bairros do Cachambi, Maria da Graça e Del Castilho, os dois últimos integrados atualmente à vizinha Região Leopoldina. 

Os responsáveis pela ferrovia se interessaram pela criação de outra estação, assim sendo, as terras para construção desta outra estação foram doadas pelos filhos do CAMARISTA MEYER. Esta transmissão foi firmada no TABELIÃO FRANCISCO BUSTAMANTE DE SÁ, constando uma clausula exigido pela família MEYER, que o nome da estação teria que ser MEYER. 

Em 1884, Dom Pedro II presenteou um amigo com parte das terras dando para a familia, a Freguesia do Engenho Novo, indo da Quinta Imperial até Inhaúma, da Praia Pequena até a Praça D.Jeronima, no Engenho de Dentro ( desconhecida ), a partir daí até o final da Estrada Inácio Dias. Esse amigo tinha o nome de Augusto Duque Estrada Meyer (filho do comendador Miguel João Meyer, português de origem alemã e um dos homens mais ricos da cidade, no final do século XVIII), conhecido como Camarista Meyer por ter livre acesso às Câmaras do Palácio Imperial. 

Por sua causa, a região ficou conhecida como “Meyer” (pronuncia-se “Maier”), e depois de um tempo os moradores aportuguesaram para Méier. Os primeiros habitantes da região eram escravos fugidos que formaram quilombos na Serra dos Pretos-Forros. 

Em 13 de maio de 1889, uma segunda-feira chuvosa, após um domingo de muito sol e calor, foi inaugurada a PARADA DO MEYER. Na época, o engenheiro responsável e diretor da Estrada de Ferro, era José Embanch da Câmara. A primeira composição que parou na Nova estação, foi puxada pela maquina “PRINCEZA IMPERIAL”, nome que lhe foi dado em homenagem a princesa Isabel que recebia de todo o Brasil, o agradecimento pela Abolição do Cativeiro. 

A VALORIZAÇÃO DAS TERRAS, LIDERENÇA E OS PROJETOS GRANDIOSOS 

A valorização das terras foi inevitável. Um tal de Senhor Coutinho, dono de uma padaria no Engenho Novo e por herança, dono de algumas terras do Meyer, resolveu loteá-las e dias antes da inauguração da nova parada, publicou no Jornal ”GAZETA DE NOTÍCIAS”, no dia 18 de abril de 1889, o seguinte anúncio: 

” Vende-se terrenos para se edificar na Estação do Meyer. Trata-se na Praça do Engenho Novo nº 16 – padaria”. 

O primeiro comprador, foi o Senhor MANUEL PAIVA, trabalhador do antigo Arsenal de Guerra, que comprou um lote, que mais tarde teve o número 84, da rua Hermengarda, atual Avenida Radial Oeste. A partir daí, o Méier não parou mais de crescer e a cada dia que passa, cada vez mais valoriza tudo que se investe no bairro. Devido ao aumento da população e dos loteamentos recém abertos, o bairro crescia de forma precária – chegou a sofrer duas epidemias de cólera. À medida que era saneado, mais moradores chegavam, de tal maneira que as autoridades o elevaram a 18° Distrito da Cidade do Rio de Janeiro. Daí para frente progrediu rapidamente e vários estabelecimentos surgiram. É por isso, que o Méier, é chamado de CAPITAL DO SUBURBIO. Em 1903, com o desmembramento do Engenho Novo, acelera-se o desenvolvimento da Região. Liderando o processo estava o bairro do Méier. Ali se implantaram importantes e precursoras casas de negócios e magazines: a Casa Marques e a Casa Lopes, a Foto Quesada e as famosas e chiques confeitarias Moderna e Japão, que atraíam pessoas de toda a Cidade. 

Três grandes projetos ajudaram a valorizar a Região: a construção da Basílica de N. Sa. das Dores, única em estilo mourisco da Cidade, projetada pelo arquiteto português Luís de Morales de los Rios, no início do século XX. Inspirada no Templo de Santa Maria La Blanca de Toledo, na Espanha, que criou também o castelo do Instituto Oswaldo Cruz.; o prédio do Quartel do Corpo de Bombeiros, em 1914, e o Jardim do Méier, construído pelo prefeito Paulo de Frontin em 1919, com projeto de seu antecessor, Azevedo Sodré, incluindo o Coreto do Méier – marco arquitetônico e símbolo maior do bairro, foi instalado no Jardim do Méier em 1914. Construído em madeira nas cores azul e branca e em forma hexagonal, mede sete metros de altura e seis de largura. Já foi palco de eventos diversos. 

A EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA NOS ANOS 50 

Entre 1937/45 a vida noturna tornou-se intensa e, na década de 1950, o bairro do Méier passou por grandes transformações, principalmente no eixo da rua Dias da Cruz. Em 1954 o bairro ganhou o Imperator, na ocasião a maior sala de cinema da América Latina com 2.400 lugares. Durante muito tempo a galeria do Cine Imperator foi um dos pontos de grande movimentação cultural da Cidade. 

Em seguida foi a vez do Shopping do Méier se instalar no bairro, o primeiro do gênero a ser inaugurado no Brasil. O primeiro shopping do Brasil, no endereço onde antes ficava o Colégio Metropolitano, projetado pelo arquiteto João Henrique Rocha e aberto ao público em 1963. Ele disputa o título com o paulistano Shopping Iguatemi (1966) o qual foi o primeiro Shopping Center brasileiro – localizado no nº 255 da Ria Dias da Cruz desde com uma área construída de 12.120m² no ponto mais nobre do bairro, abriga mais de 30 lojas, além de uma faculdade, e dispõe de 200 vagas de estacionamento e praça de alimentação. 

A PASSAGEM DO RIO CIDADE 

Sua urbanização começou no século XVIII, com a formação de quilombos erguidos por escravos fugidos. Uma das mais conhecidas intervenções urbanísticas, o Rio Cidade, já passou também pelo centenário bairro do Méier. Como o bairro é literalmente dividido ao meio pela linha férrea da antiga Central do Brasil, as obras do Rio Cidade, cujo projeto foi desenvolvido pelo Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos e executado pela Riourbe, foram realizadas em duas fases: de 1993 a 1996 e de 2003 a 2004. 

A primeira fase contou com uma série de modificações, principalmente no lado da Rua Dias da Cruz, que, ao término das obras, estava totalmente repaginada. Também foi nesse período que o Méier ganhou a Praça Agripino Griecco e os dois terminais rodoviários que atendem à população local. A segunda etapa do Rio Cidade Méier concentrou-se nas proximidades do Hospital Municipal Salgado Filho e dos quartéis do Corpo de Bombeiros e do 3º Batalhão de Polícia Militar. As obras, realizadas numa área de 82.500m², abrangeram as ruas Aristides Caire (até a estação), Lucídio Lago (da Praça Canadá até a Rua Frederico Méier), Frederico Méier, Arquias Cordeiro (lado da linha férrea e trecho da Aristides Caire até o Hospital Salgado Filho) e Carolina Méier. 

Dentre as melhorias do Rio Cidade destacam-se revisão do traçado das ruas, fresagem erecapeamento asfáltico, tratamento paisagístico, infra-estrutura, iluminação pública, arborização e instalação de novo mobiliário urbano. Uma das principais vias do bairro, a Rua Dias da Cruz, foi dividida ao meio por um canteiro central com diversas espécies de árvores. Também recebeu nova sinalização para pedestres e veículos e abrigos nas paradas de ônibus e táxis, além da ampliação das redes de esgoto e águas pluviais. 

A Dias da Cruz teve suas calçadas alargadas e repavimentadas para dar mais conforto aos pedestres, mas conservou o espaço especial dominado por um dos símbolos do bairro, a imponente estátua de um leão, que chama a atenção de quem passa pelo local. É nesse lado que atualmente está concentrada a maior parte do comércio do bairro. 

O trecho da principal transversal, a Rua 24 de Maio, também recebeu melhorias. A fachada e o calçadão próximo à estação do Méier foram totalmente remodelados, ganhando uma passarela mais ampla sobre a ferrovia que liga o lado da Rua Dias da Cruz ao da Rua Arquias Cordeiro. No local foi instalada uma escada rolante com cobertura. É no lado da Arquias Cordeiro que está o antigo Jardim do Méier, principal praça do bairro, fundada em 1916. 

No lado do Jardim, a Rua Frederico Méier foi transformada em rua de serviço, com área de estacionamento e baias de carga e descarga. Os pontos finais de ônibus localizados naquele trecho foram transferidos para o terminal rodoviário, próximo às ruas Carolina Méier e Padre André Moreira. O Hospital Salgado Filho também foi beneficiado com a construção de novo acesso de ambulâncias pela Rua Arquias Cordeiro e ampliação da calçada, que passou a ter 10 metros de largura e rampas para pessoas com deficiência. 

Saúde 

O Méier conta com o Hospital Municipal Salgado Filho, um dos hospitais de emergência da rede de saúde da Prefeitura do Rio de Janeiro. O hospital iniciou suas atividades em 12 de outubro de 1920 sob a denominação Serviço Auxiliar do Pronto Socorro do Méier. Em 28 de novembro de 1951, troca de nome para Dispensário do Méier. Somente em 27 de março de 1963 é finalmente inaugurado com a denominação de Hospital Estadual Salgado Filho. Em 17 de março de 1977, o novo Hospital Municipal Salgado Filho, com um bloco principal (subsolo e 7 andares), possuindo dois anexos (um com 3 e outro com 2 andares) é inaugurado pelo Prefeito Marcos Tamoio e seu Secretário de Saúde, Dr. Felippe Cardoso Filho. Na rua Ana Barbosa está situado o Posto de Atendimento Municipal César Pernetta. 

Próximo ao Méier, no bairro Todos os Santos, está situado o Hospital Pasteur, inaugurado em 2005. Com atendimento 24 horas, possui emergência, clínica médica, ginecologia/obstetrícia, cirurgia geral, ortopedia e radiologia. 

AS PERSONALIDADES HISTÓRICAS E CULTURAIS 

A Região sempre foi berço de personalidades de destaque na cultura e história da Cidade e do País. Entre elas destacam-se os escritores Lima Barreto e Arthur Azevedo, o jornalista Dias da Cruz, os médicos Lins de Vasconcelos e Arquias Cordeiro, o ator e jornalista Eduardo Magalhães, o ministro General Dionísio Cerqueira (conhecido como Dignificador dos Subúrbios Cariocas) e a sambista Araci de Almeida. Foi ainda pioneira em tecnologia industrial em aço e papel fino, desenvolvida pelo industrial José T. de Carvalho, e teve também seu jornal local, o Subúrbio, impresso no começo do século XIX no bairro Sampaio. Algumas outras da atualidade são Lima Barreto, Márcio Garcia (ator), Tony Ramos (ator), Artur Azevedo, Chico Tenreiro (ator), Aline Pyrrho (bailarina e atriz), Waldir Azevedo (músico cavaquinista), Adriana Esteves (atriz), Fátima Bernardes (jornalista), Taís Araújo (atriz), Millôr Fernandes (humorista, jornalista, desenhador), Samara Felippo (atriz) 

Educação, lazer e Cultura. 

O bairro possui hoje campus de universidades, diversas escolas particulares (algumas quase centenárias), escolas estaduais e municipais. Destacam-se o Colégio Imaculado Coração de Maria fundado em 1914 na antiga rua Imperial, atual Aristides Caire e o Colégio Metropolitano fundado em 1932 na rua Dias da Cruz (onde hoje fica o Shopping do Méier) e tem três unidades no bairro. São diversos cursos de idiomas (alguns de grande tradição como Brasas, CCAA, Cultura Inglesa e Ibeu), pré-vestibulares, informática e outros cursos (como o Kumon). Há ainda uma academia de dança tradicional (Centro Dança Rio) e o Sport Club Mackenzie. 

A rua Dias da Cruz se transforma em área de lazer aos domingos e feriados das 8 horas às 18 horas das ruas Hermengarda / Ana Barbosa até as ruas Magalhães Couto / Lopes da Cruz. Como os ônibus são desviados da rua Dias da Cruz, o trecho entre a travessa Comendador Filips e rua Lopes da Cruz fica com o tráfego de carros reduzido. 

O bairro já possuiu quatro cinemas. O mais famoso deles foi o Imperator. Os outros são: Art Méier e Bruni Méier (ambos na rua Silva Rabelo) e o Paratodos (na rua Arquias Cordeiro). Em 1991, o Imperator foi transformado em casa de espetáculos, mas encerrou suas atividades em 1995. Todos os demais cinemas também foram fechados ou transformados em igrejas protestantes. O bairro conta com o Centro Dança Rio, fundado em 1973, que teve entre suas alunas a atriz Adriana Esteves e a apresentadora Fátima Bernardes.

 Capela São José. Demolida para contrução do espigão.

 Contrução do viaduto

 Coreto do Jardim

 Escadaria da estação

 Estação

Hostpital

 Vista do jardim. 1916


Rua 24 de Maio próximo à passarela da estação de trem. Segunta à esquerda se encontra a rua Dias da cruz. Ano de 1975.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

LINS DE VASCONCELOS

História

Faz parte do Grande Méier. No bairro encontra o Hospital Naval Marcílio Dias, a maternidade pública Carmela Dutra e as escolas de samba Lins Imperial e Unidos do Cabuçu. Foi nesse bairro que nasceu o escritor Carlos Heitor Cony e morou na adolescência o cantor e compositor Roberto Carlos.

Sua principal via de acesso é a rua Lins de Vasconcelos, que se inicia na rua 24 de Maio e seu término é nas esquinas das ruas Pedro de Carvalho e Nossa Senhora da Guia.

É um bairro tipicamente residencial. É servido pelas linhas de ônibus 232 (Lins x Praça Quinze), 606 (Rodoviária x Engenho de Dentro), 651 (Méier x Cascadura - Via Arquias Cordeiro), 238, e 652 (Méier x Cascadura - Via Lins) entre outras.

Possui um sub-bairro, Boca do Mato, que se localiza no fim das ruas Aquidabã e Maranhão. Também é cercado por diversas favelas em suas encostas(já foram catalogadas 12 comunidades), sendo mais conhecidas as favelas da Cachoeira Grande, da Cachoeirinha, da Cotia, da Árvore Seca, da Bacia, do Encontro e do Amor. Nessas comunidades têm muitos bailes funks, onde sexo, drogas e violência são muito presentes e comuns. 

Década de 60

O 75, Lins de Vasconcelos, cumpria o seguinte itinerário, segundo Marcelo Almirante: Praça 15 de Novembro Primeiro de Março Rosário Visconde de Itaboraí Arsenal da Marinha Visconde de Inhaúma Marechal Floriano Praça Duque de Caxias Estrada de Ferro Presidente Vargas (lado par) Praça da Bandeira Mariz e Barros São Francisco Xavier Praça Maracanã 28 de Setembro Praça Barão de Drumond Visconde de Santa Izabel Barão do Bom Retiro Dona Romana Cabuçu Lins e Vasconcelos Pedro de Carvalho, esq. Aquidabã Qual dessas ruas seria a da foto? Na frente do bonde, um anúncio do tradicional Óleo de Peroba, lustrador de móveis e que servia também, como diziam os antigos, de loção pós-barba do sujeito "cara de pau". Do lado esquerdo, estacionada, uma bela e pudica Vemaguete.


O baile mais famoso e mais perigoso é o da Árvore Seca, que infelizmente, atrai muitos jovens. Devido à todas essas comunidades, o bairro atualmente é considerado muito violento, com alto número de assaltos a carros e transeuntes, além de frequentes tiroteios nas favelas. Porém, possui uma comunidade modelo: a Barreira do Lins, localizada numa rua pequena, a Professor Antenor Nascentes, tranquila, onde não há tiroteios e confrontos. É um conjunto habitacional de apartamentos da CEHAB. Há uma creche modelo também: a Creche Odetinha Vidal de Oliveira. Não podendo ser esquecida a Rua Mar de Espanha, rua fechada por portão automático, arborizada e tranquila, parece um local longe da violência e da perturbação urbana.

Foi agraciado com o Projeto Rio Cidade da prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através de emenda ao orçamento, onde estão sendo reformada toda a Rua Lins de Vasconcelos, com galerias de águas pluviais, nova iluminação, asfaltamento diferenciado, reforma de calçadas com piso intertravado, e aligação das galerias de águas pluviais com o Rio Jacaré, obra espetacular para os moradores do Lins de Vasconcelos, as intervenções vão desde a Rua Vinte e Quatro de Maio, até a Rua Aquidabã com Pedro de Carvalho.

Morador ilustre do Lins, Mussum teve origem humilde, nasceu no Morro da Cachoeirinha.

Mussum teve origem humilde, nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcelos, subúrbio do Rio de Janeiro. Estudou durante nove anos num colégio interno, onde obteve o diploma de ajustador mecânico.

Serviu na Força Aérea Brasileira durante oito anos, ao mesmo tempo em que aproveitava para participar na Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado. Foi músico e sambista, com amigos fundou o grupo Os Sete Modernos, posteriormente chamado Os Originais do Samba. O grupo teve vários sucessos, as coreografias e roupas coloridas os fizeram muito populares na TV, nos anos 1970, e se apresentaram em diversos países.

Antes, nos anos 1960, é convidado a participar de um show de televisão, como humorista. De início recusa o convite, justificando-se com a afirmação de que pintar a cara, como é costume dos atores, não era coisa de homem. Finalmente estréia no programa humorístico Bairro Feliz (TV Globo, 1965). Consta que foi nos bastidores deste show que Grande Otelo lhe deu o apelido de Mussum, que origina-se de um peixe teleósteo sul-americano.

Em 1969, o diretor de Os Trapalhões, Wilton Franco, o vê numa apresentação de boate com seu conjunto musical e o convida para integrar o grupo humorístico, na época na TV Excelsior. Mais uma vez, recusa; entretanto, o amigo Manfried Santanna (Dedé Santana) consegue convencê-lo, e Mussum passa a integrar o quarteto (que na época ainda era um trio, pois Zacarias entrou no grupo depois) que terminaria tornando-o muito famoso em todo o país. Mussum era o único dos quatro Trapalhões oficiais que era negro (Jorge Lafond e Tião Macalé, apesar de também negros e atuarem em vários quadros com o grupo, eram coadjuvantes).

Apenas quando Os Trapalhões já estavam na TV Globo, e o sucesso o impedia de cumprir seus compromissos, é que Mussum deixou os Originais do Samba. Mas não se afastou da indústria musical, tendo gravado discos com Os Trapalhões e até um solo dedicado ao samba.

Uma de suas paixões era a escola de samba Estação Primeira de Mangueira, todos os anos sua figura pontificava durante os desfiles da escola, no meio da Ala de baianas, da qual era diretor de harmonia. Dessa paixão veio o apelido "Mumu da Mangueira". Também era flamenguista.

Outro morador ilustre foi o cantor, compositor e O REI, Roberto Carlos.


Cachoeiro de Itapemirim/Espírito Santo, o quarto filho do Sr. Robertino Braga e Dona Laura Moreira Braga - Roberto Carlos. Zunga foi o apelido que Roberto recebeu ainda na infância. Era uma criança normal e alegre, que adorava descer de bicicleta a ladeira perto de sua casa, empinar pipa e jogar futebol. Com seis anos, Roberto foi matriculado no colégio de freiras Jesus Cristo Rei. Tempos depois, na Jovem Guarda, sua segunda professora do Cristo Rei, Irmã Fausta, lhe daria o medalhão que até hoje não tira do pescoço. Roberto Carlos era uma criança calma e sonhadora, que passava horas ouvindo rádio, demonstrando muito interesse em música, aprendendo violão e piano - a princípio com sua mãe e, depois, no Conservatório Musical de Cachoeiro . Sua paixão era a música. Seu primeiro ídolo era Bob Nelson, que cantava músicas country em português. Roberto gostava de cantar suas músicas. Roberto tinha nove anos quando, sua mãe, lhe sugeriu cantar na Rádio Cachoeiro de Itapemirim, prefixo ZYL-9, no programa matinal infantil de Jair Teixeira. Na primeira vez em que se apresentou, cantou o bolero Amor y más amor, sucesso na voz de Fernando Borel. Roberto continuou comparecendo ao auditório da rádio todos os domingos. Roberto Carlos cantava e impressionava a todos com sua afinação e talento natural para a música. Assim, ainda na infância, a paixão pela música já estava em seu coração. Seus pais gostariam que ele fosse médico, mas em nenhum momento deixaram de incentivar a vocação do filho. Roberto havia escolhido a música. Em janeiro de 1955, Roberto Carlos foi passar férias em Niterói na casa de sua tia Jovina, a Dindinha, com a intenção de se apresentar em alguns programas de rádio que davam oportunidade para novos cantores. Durante esta época, decidiu, com a aprovação de seus pais, continuar morando na rua São José, no bairro Fonseca, em Niterói, sendo matriculado no Colégio Brasil. Um ano depois, sua família se mudou para o Rio de Janeiro, estabelecendo-se no bairro de Lins de Vasconcellos. Aos 15 anos, Roberto já tinha alguma noção de música por causa das aulas de piano e teoria musical que recebera em Cachoeiro de Itapemirim. Nos programas que freqüentava, gostava de cantar o repertório de Tito Madi e Dolores Duran, como todos os grandes sucessos da época. Nesta mesma época, um verdadeiro sucesso surgiu nas lojas de discos de todo o mundo: o compacto contendo Rock around the Clock com Bill Halley e Seus Cometas. O ritmo era alucinante. Os instrumentos, tocados bem altos. O cantor parecia incitar a platéia à dança e à celebração. Logo em seguida, veio o sucesso de Elvis Presley, Little Richard, Gene Vincent e Chuck Berry que eram adorados pelos adolescentes. Começava a era do rock. Os jovens brasileiros, é claro, logo aderiram ao movimento. Celly Campello estoura em todas as rádios com Estúpido Cupido. Surgem programas de rádio e TV voltados exclusivamente para o rock. Nas escolas, os professores não sabiam como reagir à nova onda. Os jovens, finalmente, tinham a sua própria música. Na Escola Ultra, na Praça da Bandeira, durante os intervalos de aula, Roberto Carlos costumava ir à sala de música junto com amigos para tocar e cantar. Otávio III, na época assistente de Chiara de Garcia, produtor do programa Teletour da TV Tupi do Rio de Janeiro, gostou do que ouviu. Os dois então deram a Roberto a oportunidade de se apresentar na TV cantando Tutti Frutti . Em 1957, levado por um colegada mesma escola, Arlênio Lívio, Roberto Carlos passou a freqüentar a turma que se encontrava na Rua do Matoso, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Lá conheceu Sebastião (Tim) Maia, Edson Trindade, José Roberto China e Wellington. E com Arlênio, Trindade e Wellington foi formado o conjunto vocal The Sputnicks. Roberto precisava da letra da música Hound Dog e alguém lembrou que um outro componente da turma colecionava tudo sobre Elvis Presley: Erasmo (Carlos) Esteves . Ele e Roberto tornaram-se amigos. Erasmo tinha um violão, presente de seu avô, e muitas letras escritas num caderno. Ambos tinham uma grande afinidade musical. Diferenças e semelhanças os aproximavam . Se Erasmo não se adaptava à autoridade, queria gritar e explodir, a rebeldia levava Roberto a querer pensar livremente, cantar de olhos fechados. Nesta mesma época, Edson Trindade sugeriu a Erasmo que, junto com Arlênio e China, formassem outro conjunto vocal: The Snakes. Roberto Carlos passou a se apresentar em clubes e festas e também com o grupo. Carlos Imperial comandava na televisão o Clube do Rock, apresentando apenas artistas que tocavam o ritmo do momento. Roberto Carlos apresentou-se algumas vezes neste programa . Imperial apresentou-o como o Elvis brasileiro e Roberto cantava sucessos como Tutti Frutti, Teddy Bear e outros mais. Roberto Carlos passou a conviver intensamente com o rock.

Depois de estrear na Jovem Guarda, na Televisão Record, junto com Erasmo Carlos e Wandeléia, em 1965, quando, superando as expectativas, fez do programa um grande sucesso de público, Roberto Carlos tornou-se o cantor mais popular do país, batendo o recorde de vendagens de discos. Na época, com cabelos longos, roupas à moda Beatles e utilizando-se de mitos do universo do jovem urbano, como o carro e a velocidade e falando muitas gírias, virou o ídolo de uma juventude influenciada pelo recém-surgido rock'n'roll norte-americano e inglês. São seus os arranjos de músicas como Quero que Tudo o mais Vá pro Inferno e Namoradinha de um Amigo Meu e lotou as salas de cinema com seus filmes: Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (1968) e Roberto Carlos a 300 km por Hora (1971). A partir da década de 1970, deixou de tocar guitarra e passou a cantar músicas românticas, cujos temas mais constantes são o amor, a infância e o sonho. Filho de um relojoeiro e de uma costureira, aos 7 anos ingressou no conservatório de música para estudar piano. Aos 9, já participava de programas de rádio em sua cidade natal, Cachoeiro do Itapemirim, imitando o estilo de cantar dos caubóis norte-americanos. Em 1955, mudou-se com a família para Niterói, no Rio de Janeiro, onde, ao mesmo tempo que tentava a vida como auxiliar administrativo do Ministério da Fazenda, participou de programas de calouros no rádio, cantando boleros e sambas-canção. Transferindo-se em 1958 para a cidade do Rio de Janeiro, conheceu Erasmo Carlos e, com ele e Tim Maia, formou o conjunto The Snakers, logo transformado em The Sputniks. Depois de gravar um 78 rotações de canções de bossa nova, que não teve repercussão, lançou em 1961 seu primeiro LP, com Erasmo Carlos, que inclui versões como Parei na Contramão; Só por Amor; Splish, Splash. Em 1963, obteve grande sucesso com Calhambeque e, em 1965, foi escolhido para estrear na TV Record. Outros grandes sucesso são: As Curvas da Estrada de Santos (1969), Jesus Cristo (1970) e Detalhes (1971).

O programa anual de Roberto Carlos na Rede Globo de Televisão teve início em 1974, quando obteve um grande índice de audiência.A chegada dos anos 80 marcou uma nova fase na carreira internacional de Roberto Carlos. Ele gravou seu primeiro disco cantado todo em inglês. Em 1982, receberia da CBS o prêmio Globo de Cristal, por vender mais de 5 milhões de cópias fora do seu país de origem.Já em 1988, ganharia o Grammy de Melhor Cantor Latino-Americano e ainda atingiria o topo da parada latina da Billboard. Nos anos 90, Roberto Carlos continuou como um grande campeão de vendas ao bater os Beatles em vendagens, com mais de 70 milhões de cópias.Nos anos 2000, Roberto foi mais um artista a participar do etsrelado hall da série Acústico da MTV. O disco trouxe a participação de artistas como Samuel Rosa, do conjunto Skank, e o guitarrista Tony Bellotto, dos Titãs.Em 2004, comemorando os 30 anos de sua série de especiais na Tv Globo, Roberto Carlos teve sua discografia relançada em grandes boxes, divididos por décadas. Um ano depois levaria o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Romântica, com o álbum Pra Sempre Ao Vivo No Pacaembu.Ele repete a dose em 2006, faturando novo Grammy Latino com o disco Roberto Carlos, de 2005. Depois disso, Roberto Carlos lançou mais três discos: Duetos, Roberto Carlos En Vivo (disco em espanhol) e Roberto Carlos e Caetano Veloso e a música de Tom Jobim.

HISTÓRIA DOS COLETIVOS (linhas, modelos e empresas)

Os primeiros ônibus do Rio de Janeiro

O primeiro serviço de ônibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em julho de 1838, com dois carros de dois pavimentos. A Companhia de Ônibus, concessionária do serviço, foi criada por iniciativa de Aureliano de Os primeiros ônibus do Rio de Janeiro.

O primeiro serviço de ônibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em julho de 1838, com dois carros de dois pavimentos. A Companhia de Ônibus, concessionária do serviço, foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho, Paulo Barbosa da Silva, José Ribeiro da Silva, Manoel Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay. Este último foi constituído agente da companhia, e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir. As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo, Engenho Velho e São Cristóvão no princípio, para posteriormente se estenderem a outros locais. Após dificuldades iniciais, como a oposição dos proprietários de carros de praça, a companhia prosperou bastante. A imagem mostra um ônibus francês contemporâneo à época do empreendimento carioca, e provavelmente semelhante àqueles utilizados aqui.

As "Gôndolas Fluminenses"

As gôndolas foram um tipo de veículo de transporte coletivo com capacidade de levar nove passageiros, menores, portanto, que os ônibus. A idéia de se estabelecer este tipo de serviço no Rio de Janeiro foi de autoria dos franceses Martin e C. Foi feito um requerimento no período da Regência, referendado a 17 de outubro de 1838, sendo concedido um privilégio de dez anos para a exploração do serviço. Deveriam ser instaladas cinco linhas, mas durante bastante tempo só havia duas, em função de dificuldades econômicas. Posteriormente, contudo, graças à perseverança de seus proprietários, dentre eles Carlos Augusto Taunay, a companhia prosperou. Uma das razões de seu sucesso era o preço de $120, muito inferior ao dos ônibus.

O primeiro bonde do Brasil

Em 30 de janeiro de 1859, começava a circular experimentalmente o primeiro bonde do Brasil, por iniciativa de Thomas Cochrane, que, para tal, criou a "Companhia de Carris de Ferro da Cidade à Boa Vista". A inauguração dos serviços regulares se deu em 26 de março de 1859, com a presença de do Imperador D.Pedro II e sua esposa. A força animal foi substituída em 1862 pelo vapor, mas a empresa, não conseguindo superar dificuldades financeiras, faliu em 1866.

Bonde do Imperador D. Pedro II

Este carro foi produzido em 1878 para o imperador D.Pedro II pelo fabricante americano John Stephenson. Suas cores externas eram o verde, dourado e azul marinho. As peças de metal no interior eram niqueladas. Um segundo carro puxado a burros foi produzido para o imperador em 1887 pela Gilbert Car Company de Troy, NY (álbum da John Stephenson Company, 1888).

O primeiro bonde elétrico do Brasil

O primeiro bonde elétrico do Brasil e de toda América do Sul foi o carro de nº 104 da Cia. Ferro-Carril do Jardim Botânico, que teve sua apresentação e entrada em serviço em 8 de outubro de 1892. Levando diversos convidados ilustres, ele partiu do centro da cidade e terminou a viagem inaugural no escritório da companhia, no Largo do Machado. Na fotografia, tendo o Passeio Público ao fundo, o terceiro da direita para a esquerda é o presidente da República, Marechal Floriano Peixoto (Charles Dunlop, Rio Antigo).

Eletrificação dos bondes de Santa Teresa

O bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, possui a única linha urbana remanescente de bondes do Brasil. Seus serviços nunca foram interrompidos, apesar de grande pressão nesse sentido ao longo de muitas décadas. A Companhia Ferro-Carril Carioca, que introduziu o serviço de bondes no bairro na década de 1870, eletrificou as linhas em 1896, sendo um dos feitos mais notáveis o aproveitamento do antigo aqueoduto colonial como via de acesso ao bairro. O aqueoduto - conhecido atualmente como "Os Arcos da Lapa" - também é responsável pela bitola especial dos bondes de S. Teresa: 1,10m.

Bondes da Companhia de Carris Urbanus - Rio de Janeiro

Esta empresa, formada em 1878 pela fusão de 4 outras companhias, possuía linhas que se estendiam pela região central da cidade, como o largo da Lapa, Riachuelo, Gamboa, Prainha, 1º de Março, Misericórdia, Santo Cristo e outros logradouros. Seus veículos tinham uma bitola bastante estreita, de 0,82m. Na imagem apresentada, que reproduz um quadro de Gustavo Dall'Ara, vemos o pequeno bonde da CCU, puxado por um único animal, fazer retorno na rua 1° de Março, em 1907.

O primeiro ônibus a gasolina do Brasil

No ano de 1908, foi introduzido o primeiro serviço regular de ônibus a gasolina do Brasil. Em comemoração aos 100 anos da abertura dos portos por D. João VI, foi realizada na Praia Vermelha a Exposição Nacional. O empresário Otávio da Rocha Miranda obteve então da prefeitura uma concessão para a implantação, em caráter provisório, de uma linha de auto-ônibus que circulava ao longo da avenida Central, hoje Rio Branco. Os veículos também realizavam viagens extraordinárias do centro da cidade até o local da Exposição, na Praia Vermelha. A mecânica desses carros era do fabricante Daimler, e a carroceria de origem francesa.

Bonde na Av. Marechal Floriano - 1908

O bonde da imagem, pertencente à recém-formada empresa Light & Power do Rio de Janeiro, trafega pela Av. Marechal Floriano, centro do Rio, no ano de 1908. Nesta avenida, alargada poucos anos antes pelo prefeito Pereira Passos, ficava e ainda fica a sede da empresa, que iniciou seu serviço de bondes através da compra das empresas Cia Ferro-Carril de São Cristóvão, Cia. de Carris Urbanos e Cia. Carris de Ferro de Vila Isabel.

O bonde "Caradura" do Rio de Janeiro

O bonde "caradura", depois chamado de "taioba", foi criado em 1884 com a finalidade de transportar qualquer tipo de bagagem, e passageiros de origem humilde, que não tinham condições de usar o bonde comum. Além do preço da passagem ser a metade - um tostão (cem réis), os passageiros podiam viajar descalços e sem colarinho, carregando pacotes, trouxas, aves, tabuleiros de doces, e quaisquer mercadorias de pequeno porte. O bonde teve grande sucesso entre o povo, e foi fonte de inúmeras histórias e anedotas.

Primeiros ônibus elétricos do Rio

Em 1917, a prefeitura aprova a instalação de um serviço de ônibus pela Av. Rio Branco, entre a praça Mauá e o Palácio do Monroe (antigo Senado). Foram utilizados carros elétricos movidos a bateria, construídos nos Estados Unidos. Tendo sido os veículos aprovados nos testes, o serviço foi inaugurado em 1918, durando até 1928. Na imagem vemos o ônibus na avenida durante o carnaval, atrás de um grupo de foliões.

O Bonde Assistência

Há 100 anos atrás, o bonde era o meio de transporte dominante em nosso país. Por esta razão, diversos serviços de utilidade pública eram desempenhados por carros especialmente preparados para a finalidade em questão. Haviam "bondes de distinção", para casamentos e batizados, carros para enfermos, carros mortuários, entre outros. A imagem mostra um "bonde-assistência" (ambulância) da Cia. Ferro-Carril do Jardim Botânico em 1922. Em pé, no estribo, está o presidente Epitácio Pessoa.(Rio Antigo, de Charles Dunlop).

Ônibus - Rio de Janeiro - 1923

O veículo da imagem pertencia à empresa Auto Avenida (Rio de Janeiro) e percorre o trecho da Av. Rio Branco perto do cruzamento com a Av. Almirante Barroso em 1923. Ao fundo, vê-se o antigo prédio do Jockey Club, demolido há muito tempo. O pequeno ônibus trafegava da Praça Mauá ao palácio do Monroe, ida e volta.

Bonde de Petrópolis - 1924

O serviço de bondes elétricos foi introduzido em Petrópolis em 1912 e teve sucesso entre os habitantes dessa cidade. Os veículos eram de tipo fechado e a bitola era de 1 metro. O bonde da foto percorria a linha Circular, uma das três existentes nessa época.

Inauguração da Viação Excelsior - 1926

A Viação Excelsior - empresa de ônibus da Light & Power do Rio de Janeiro - foi inaugurada em 7 de junho de 1926. À frente do ônibus "Jacaré" (Daimler/Guy) estão as seguintes personalidades, dentre outras: Dr. Mário Machado, Moreira Lima, Angelo Barata, Alfredo Maia (diretor da Light) e Armando Godoi.

Primeiro ônibus em Campo Grande, Rio de Janeiro

A imagem mostra o primeiro ônibus a realizar serviço de transporte de passageiros para a localidade de Campo Grande, no município do Rio de Janeiro. O veículo exibido é um Chevrolet 1927.

O último bonde de burros

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo no Rio de Janeiro, então capital do país. Sendo substituídos pela tração elétrica a partir de 1892, eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais importantes. Contudo, em alguns subúrbios mais distantes, como Madureira eOs primeiros ônibus do Rio de Janeiro.

O primeiro serviço de ônibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em julho de 1838, com dois carros de dois pavimentos. A Companhia de Ônibus, concessionária do serviço, foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho, Paulo Barbosa da Silva, José Ribeiro da Silva, Manoel Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay. Este último foi constituído agente da companhia, e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir. As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo, Engenho Velho e São Cristóvão no princípio, para posteriormente se estenderem a outros locais. Após dificuldades iniciais, como a oposição dos proprietários de carros de praça, a companhia prosperou bastante. A imagem mostra um ônibus francês contemporâneo à época do empreendimento carioca, e provavelmente semelhante àqueles utilizados aqui.

Ônibus "Mamãe me leva" entre Petrópolis e Correias

A rara foto da década de 30 mostra um ônibus do tipo "mamãe me leva", construídos pela Grassi em São Paulo. A mecânica do veículo é International, e a construção, com bancos em platéia e balaústres, lembra os bondes da época. A capacidade era de 12 passageiros. Este tipo de ônibus era muito adequado a pequenos empresários, na exploração de novas linhas, até então inexistentes.

Ônibus Jacaré - 1930

Os ônibus apelidados de "jacaré" pelos cariocas eram veículos da empresa Excelsior, da Light & Power, que começaram a circular em 1927 no Rio de Janeiro. Com motor Daimler, chassis Guy (inglês) e carroceria construída nas próprias oficinas da Light, eles conheceram sucesso imediato, pelo seu conforto e por seus novos trajetos. A imagem mostra um ônibus "jacaré" na Av. Atlântica, em Copacabana, nos anos 30.

Linha Mauá - Leblon - Viação Excelsior

A linha de ônibus entre a praça Mauá e o bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, foi inaugurada em 23 de abril de 1928 pela Viação Excelsior. A foto, de 1931, mostra três carros dessa linha na garagem. A Viação Excelsior pertencia à Light, detentora da maior parte das linhas de bondes do então Distrito Federal. A linha Mauá- Leblon existe até os dias de hoje.

Ônibus para Alcântara - Década de 30

Os transportes por ônibus serviram localidades distantes de Niterói já na década de 30. A foto, de 1933, mostra um ônibus da Viação Santa Therezinha que percorria o trajeto entre a estação das Barcas e Alcântara, via Porto Velho. Apesar de muitos logradouros da região na época serem servidos pelo trem, os ônibus foram instrumento importante no processo de transformação dessas regiões afastadas em bairros residenciais.

Ônibus Guy - Daimler - 1933

Estes ônibus da Viação Excelsior, de propriedade da Light & Power do Rio de Janeiro, tinham mecânica Daimler, chassis Guy e caroceria feita nas oficinas da Light. São vistos na Praça Floriano, mais conhecida como Cinelãndia. À frente dos três ônibus está um bonde da Cia. Ferro-Carril Jardim Botânico.

Ônibus International - 1933

Este ônibus, cuja mecânica é da marca International, pertencia à empresa N. Sª da Penha, cuja concessão, de 1931, foi outorgada a Francisco Lobo Netto. O ônibus percorria a linha Penha-Madureira (Rio de Janeiro).

Bonde Basculante - 1940


O bonde da imagem, pertencente à Light do Rio de Janeiro, era dedicado ao transporte de insumos necessários à manutenção da via permanente, tais como pedra britada, areia, etc. A foto é da década de 40.

Ônibus a gasogênio - 1944

O ônibus da foto, um Chevrolet "Tigre", usava como combustível o gasogênio, nos difíceis anos da 2ª Guerra Mundial. Percorria a linha Urca-Ipanema, no Rio de Janeiro. A foto foi tirada no Cassino da Urca, que posteriormente se transformaria nos estúdios da TV Tupi.

Ônibus "Bulldog"

O ônibus apelidado popularmente de "bulldog" é na realidade um modelo GMC dos anos 40. O apelido ocorreu por conta de sua frente achatada. A fotografia mostra modelos deste ônibus em Petrópolis nos anos 40.

Ônibus Scania - Viação Estrela do Norte

A imagem mostra um ônibus de mecânica Scania em 1948. Pertencia à Viação Estrela do Norte e fazia a linha 37, Praça Tiradentes-Penha, no Rio de Janeiro. Nesta época, a mecânica dos ônibus ainda era importada, e somente décadas depois houve a nacionalização através da implantação de fábricas de ônibus e caminhões no Brasil.

Ônibus de Nilópolis - 1948

O ônibus da imagem percorria a linha Nilópolis (Baixada Fluminense) - Praça Mauá, Rio de Janeiro, em 1948. Pertencia à empresa Nova Iguaçú Auto Ônubus Ltda.

Bonde em Botafogo - 1948

O bonde da imagem pertencia à linha 6 - Centro - Voluntários da Pátria (Rio de Janeiro). Está parado em um ponto no Humaitá, ao lado da entrada do destacamento do Corpo de Bombeiros do local. Nesta época o serviço era todo efetuado pela Light, pois a Cia Ferro-Carril do Jardim Botânico, dona original das linhas da zona sul, foi absorvida pela Light em 1946.

Bonde Santa Clara - 1948

O bonde com reboque da foto pertencia ao STR - Sistema de Transporte Rural - empresa municipal de bondes dedicada à então chamada zona rural. A linha Santa Clara fazia parte do sistema de transporte entre Campo Grande e Pedra de Guaratiba.

Ônibus GMC - Rio de Janeiro, 1949

Os ônibus da GMC foram muito utilizados durante décadas no Brasil, antes do país conquistar autonomia na produção desse tipo de veículo. A foto de 1949 mostra um ônibus da Viação Independência, do Rio de Janeiro, que servia na linha de número 106, Lins-Urca. Posteriormente essa linha recebeu o número 442 até ser desativada nos anos 80.

Ônibus REO - 1944

A imagem mostra um ônibus de marca REO, americana, que percorria a linha entre Nova Iguaçú e a Praça Mauá (Rio de Janeiro). O modelo é provavelmente um 19, de 6 cilindros. Na foto, ele está passando por Bento Ribeiro, subúrbio do Rio.

Ônibus Aclo-Grassi, 1949

A imagem mostra um ônibus da linha 120 (Parada de Lucas - Mourisco), da Viação Copa Norte, em 1949, entrando na Av. Brasil, no Rio de Janeiro. A mecânica do veículo era inglesa, de marca Aclo, e a carroceria era fabricada pela Grassi.

Ônibus Indiana / Grassi - 1949
 
A foto de 1949 mostra um ônibus da linha 33 (Praça Mauá - Abolição) no Rio de Janeiro. A mecânica do veículo era americana, da Indiana, e a carroceria era de fabricação Grassi.

Lotação Dodge - 1949

O veículo da foto - na realidade um automóvel adaptado - funcionava como lotação no Rio de janeiro no ano de 1949. Fazia o percurso entre a Penha e o Méier por Del Castilho. A mecânica era Dodge, americana.

Ônibus Volvo - Carbrasa - 1950

O veículo da foto tinha mecânica Volvo importada, e sua carroceria era feita pela Carbrasa, do Rio de Janeiro. Percorria a linha 200, Castelo - Marechal Hermes.

Ônibus REO - 1950

O ônibus apresentado é de fabricação REO, americana, e servia na linha 51 (Castelo-Lagoa), no Rio de Janeiro em 1950. Pertencia à E.M.O. (Empresa Municipal de Ônibus).

Ônibus GMC - Viação Relâmpago

A imagem mostra um ônibus GMC em 1950 no Rio de Janeiro. Percorria a linha de número 102, entre a Praça Saens Peña na Tijuca e o Largo do Machado, na Zona Sul. Os ônibus da GMC foram uma referência na época, com um padrão de construção elevado e moderno.

Ônibus Leyland - Grassi 

A imagem de 1950 mostra um ônibus de mecânica Leyland (inglesa) e carroceria Grassi entrando na Av.Brasil vindo da Av. Lobo Júnior, no Rio de Janeiro. O veículo, da Viação Estrela do Norte, fazia a linha de número 98, Vaz Lobo - Candelária.

Ônibus Cermava - Mercedes Benz

A empresa Carrocerias Cermava foi fundada em 1950 e tinha sede no Rio de Janeiro, tendo sido mais tarde adquirida pela Caio, de São Paulo. A imagem mostra um ônibus Cermava-Mercedes Benz, da linha 254, na Avenida Maracanã em 1968.

Lotação Ford - 1950

O lotação Ford da imagem percorria a linha Bonsucesso-Méier no início dos anos 50 no Rio de Janeiro. Estes veículos tinham capacidade para aproximadamente 30 passageiros.

Ônibus "Papa-Filas" - Anos 50

A imagem mostra um ônibus do tipo "papa-filas" em operação no Rio de Janeiro nos anos 50. Fazia a linha 106 (numeração antiga) Lins-Urca. Os ônibus "papa-fila" foram uma tentativa de se aumentar a capacidade de transporte em um único veículo. Consistia de um cavalo mecânico que tracionava um reboque onde viajavam os passageiros. Não obteve os resultados esperados.

Bonde Pedra - 1953

O bonde da imagem pertencia ao Serviço de Transporte Rural, empresa municipal de transporte para a zona rural do Rio de Janeiro. A linha Pedra partia da estação de trem de Campo Grande e terminava na praça Raul Barroso, em Pedra de Guaratiba, passando pela Av. Cesário de Melo e Estrada do Monteiro, entre outras ruas.

Lotação Mauá - Nilópolis - 1954

O lotação da imagem fazia a linha Praça Mauá-Nilópolis (Rio de Janeiro) em 1954. O veículo, um ônibus REO 1941, tinha motor de 6 cilindros a gasolina.

Lotação Ford / Metropolitana

A imagem mostra um lotação que fazia a linha E.Ferro - Leblon (Rio de Janeiro) em 1954. A carroceria, fabricada pela Metropolitana, foi construída sobre um chassis Ford FK. A presença do Exército é certamente devida a algum dos muitos tumultos da época.

Bonde Praça da Bandeira - 1954

O bonde da imagem necessitou da proteção de dois policiais militares quando de uma greve em 1954. Ele percorria a linha 33 Lapa- Praça da Bandeira, Rio de Janeiro.

Ônibus "Camões" - 1955 

Os ônibus apelidados de "Camões" pelo povo - numa alusão ao poeta português cego de um ôlho - tinham mecânica AEC (inglesa) e carroceria fabricada pela Grassi, de São Paulo. A imagem mostra um modelo desse tipo que percorria a linha de número 12, Leblon-Estrada de Ferro, no Rio de Janeiro em 1955.

Lotação Chevrolet 1955

A imagem mostra um lotação de marca Chevrolet em 1955 trafegando pela Av. 24 de Maio após o Engenho Novo, no Rio de Janeiro. Pertencia à empresa Auto Anglia. Os lotações tinham menor capacidade que os ônibus.

Lotação Ford - 1955

Vemos aqui um lotação Ford com carroceria de madeira em 1955. Ele está cruzando a passagem de nível em Maria da Graça (bairro do Rio de Janeiro). É um veículo de pequena capacidade, menos de 12 passageiros. Os lotações surgiram nos anos 40 e terminaram com o decreto do governador Carlos Lacerda que tornou obrigatória a transformação da frota em ônibus.

Ônibus Ácio - 1955

O ônibus da foto percorria a antiga linha 70 - Estrada de Ferro-Leme, nos anos 50. Tinha mecânica Aclo, inglesa, e foi apelidado pelo povo como "Camões". Pertencia à empresa Viação Copanorte.

Ônibus Aclo - Grassi

A imagem mostra um ônibus de mecânica inglesa Aclo, e carroceria Grassi, de São Paulo, em frente à Central do Brasil (Rio de Janeiro) em 1956. Este ônibus percorria a linha que na época tinha o número 207, Ribeira (Ilha do Governador) - Castelo, pela Viação Ideal. A linha ainda existe, e continua sendo servida pela mesma empresa, agora com o número 324.

Ônibus Leyland - 1956

A foto, de 1956, nos mostra um ônibus da Viação Elite (Rio de Janeiro) da linha 13 (numeração antiga), que percorria a linha Estrada de Ferro-Urca. O veículo tem mecânica Leyland (inglesa) e carroceria Grassi, de São Paulo.

Ônibus Twin Coach Rio - Belo Horizonte

A Twin Coach, da Fageol, produziu um dos melhores ônibus rodoviários da época, com avanços em tecnologia e conforto. Vemos um ônibus desse tipo em 1957, no terminal rodoviário Mariano Procópio, na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, cujo destino era a cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Ônibus Mercedes - 1958

O ônibus de mecânica Mercedes LP312 exibido tinha carroceria da fábrica Bons Amigos. Servia na linha 60, e está no ponto final no Cosme Velho, Rio de Janeiro.

Lotações - 1958

A imagem mostra cinco lotações estacionados em uma rua no Castelo, centro do Rio de Janeiro, em 1958. Estes pequenos veículos, a maioria com mecânica Mercedes-Benz, percorriam diversos itinerários. Os da foto serviam na área da zona sul carioca Cosme Velho, Rio de Janeiro.

Bonde Circular - 1958

O bonde da imagem percorria a linha 21 - Circular, indo de Botafogo até a praça Santos-Dumont, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. No momento da foto, o veículo está saindo do Túnel Novo, em Copacabana.

Ônibus Chevrolet "Caixotinha" - 1959

A imagem mostra dois ônibus da Viação Mosa (Rio de Janeiro), um da linha 10 Mauá-Fátima (hoje C-10) e outro da 62 Mauá-Aeroporto. Os dois veículos são Chevrolet do modelo conhecido por "Caixotinha".

Propaganda em Bonde - 1959

Os anúncios em bondes eram um dos ítens mais pitorescos nesse tipo de transporte. Alguns anúncios permaneceram por décadas, como o do Rum Creosotado: "Veja, ilustre passageiro, o belo tipo faceiro que o senhor tem ao seu lado. E, no entanto, acredite, quase morreu de bronquite, salvou-o o Rum Cresostado."

Lotação Mercedes Benz - Vieira

A Carrocerias Vieira Ind. Com. S/A forneceu grande número de lotações usando mecânica da Mercedes Benz do Brasil. A imagem de 1960 mostra um lotação Vieira- Mercedes passando pela rua Jardim Botânico (Rio de Janeiro). Fazia a linha Lapa-Leblon.

Bonde Laranjeiras - 1960

O bonde da imagem percorria a linha 2 - Carioca-Laranjeiras, no Rio de Janeiro em 1960. No momento ele se encontra parado no terminal de bondes do Largo da Carioca, conhecido por "Tabuleiro da Bahiana.

Lotação Chevrolet - 1951

A foto de 1961, tirada na Cinelândia, Rio de Janeiro, mostra um lotação cuja carroceria foi construída sobre um chassis Chevrolet 1954. Ao fundo, o teatro Municipal.

Ônibus Castelo - Leme - Anos 60

A imagem mostra o ponto final da linha Castelo-Leme, no centro do Rio de Janeiro, nos anos 60. O veículo é um modelo monobloco da Mercdes-Benz do Brasil com motor traseiro.

Lotação Mercedes Benz - 1963

O lotação da foto, um Mercedes-Benz com mecânica LP-312, percorria a linha Rio- Comprido - Leblon (Rio de Janeiro) no ano de 1963.

Ônibus Volvo - Anos 60

O ônibus da foto tem mecânica Volvo importada, e carroceria Carbrasa. Percorria a linha 428, entre a Tijuca e Copacabana, Rio de Janeiro. Foi retratado na Av. Rio Branco perto da esquina com a Av. Almirante Barroso.

Garagem dos bondes de Santa Teresa - 1963

A foto nos mostra a antiga garagem dos bondes de Santa Teresa, Rio de Janeiro, em 1963. Era localizada no morro de Santo Antônio, já quase totalmente desmontado nessa época. Os bondes pertenciam à Companhia Ferro-Carril Carioca.

Última viagem do bonde Circular - 1963

O bonde da imagem percorria a linha 21- Circular - na zona sul do Rio de Janeiro. No momento da foto ele está saindo do Túnel Velho em Copacabana em sua última viagem.

Ônibus Mercedes - Vieira - 1964

A imagem mostra um ônibus Mercedes-Benz - Vieira da linha 176 (Estrada de ferro-Gávea), no Rio de Janeiro. Foto tirada na Av. Nilo Peçanha. Em primeiro plano, uma Rural Willys.

Ônibus Elizário - Mercedes Benz

As Carrocerias Elizário, de Porto Alegre, produziu este ônibus, em 1965, para viagens rodoviárias. Pertencia a empresa Brasília Imperial, realizando viagens entre Brasília e o Rio de Janeiro. A Elizário foi comprada pela Marcopolo em 1970.

Ônibus Mercedes Benz - Carbrasa

A empresa Carrocerias Brasileiras - Carbrasa produzia originalmente modelos que usavam mecânica Volvo importada. O modelo apresentado, em uma foto de 1965, mostra um veículo Carbrasa - Mercedes Benz, no terminal de ônibus do Castelo, Rio de Janeiro. O ônibus percorria a linha 378, Marechal Hermes-Castelo, pela empresa Auto-Diesel.

Bonde Alto da Boa Vista - 1965

Os dois bondes da foto serviram na última linha de bitola normal (1,435m) do Rio de Janeiro - a de número 67 - Alto da Boa Vista. A via pela qual trafegam foi construída fora da pista de rolamento, mas ainda assim o serviço foi encerrado em janeiro de 1968, privando a cidade de uma excelente atração turística. O bonde fechado foi apelidado pelo povo de "Rita Pavone."

Lotação Fargo - Rio de Janeiro

Os lotações usaram grande quantidade de plataformas mecânicas, sobre as quais eram montadas as carrocerias. A imagem mostra um modelo pouco usado, de mecânica Fargo, marca pertencente ao grupo Chrysler. O veículo, em mau estado de conservação, trafega pelas ruas de Botafogo em 1966, um dos anos com as maiores chuvas já registradas. Ao fundo, vê-se outro lotação, de marca Ford.

Ônibus Chevrolet 1950

A imagem mostra um ônibus Chevrolet 50 na rua Itibira, Rio de Janeiro, em 1966. Fazia a linha Bonsucesso-Caxias.

Ônibus carroceria Carbrasa

A foto, de 1966, mostra um ônibus com carroceria Carbrasa trafegando pelas ruas da Tijuca (Rio de Janeiro), percorrendo a linha 202. A Carbrasa foi criada por Mário Sterka, diretor da Volvo do Brasil, em 1945. Eram feitas com chassis de aço coberto por chapas de alumínio.

Ônibus Mercedes Benz - Carbrasa 1967

O ônibus em primeiro plano tem mecânica Mercedes e carroceria Carbrasa, e circulava pela Viação Auto-Diesel na linha 378, no ano de 1967.

Transporte por Trolleys no Rio

Os trolleys foram introduzidos no Rio de Janeiro, assim como na maioria das cidades, em substituição aos bondes. Os veículos utilizados foram importados da Itália, fabricados pela General Electric. Chegaram ao porto do Rio em 1958 mas só começaram a entrar em serviço em 1962. Foram criadas 23 linhas, nas áreas do Centro, Zona Sul e Zona Norte. A imagem, de 1966, mostra um veículo da linha E-20 no primeiro plano, trafegando em faixa seletiva na contra-mão.

Ônibus Mercedes - Petrópolis

A imagem mostra um ônibus Grassi-Mercedes-Benz em Petrópolis em 1967. Percorria a linha 5 - Valparaíso pela Viação Serrana. A cidade, na época ainda pequena, já enfrentava congestionamentos de trânsito.

Ônibus Mercedes / Metropolitana

A imagem mostra um ônibus Mercedes, com carroceria Metropolitana no Rio de Janeiro nos anos 60. Pertencia à Viação Carioca e percorria a linha 215 - Praça 15 - Uruguai.

Bonde Ilha - 1967

A foto mostra um bonde da linha Ilha trafegando pela estrada do Monteiro, em Campo Grande, então Zona Rural do Rio de Janeiro. Inaugurado em 1923, ia da estação de trem à localidade da Ilha, em Guaratiba, numa extensão de mais de 20 kilômetros. Era administrado pel Serviço de Transporte Rural, da municipalidade.

Bonde em Campo Grande - 1967

O pequeno bonde elétrico da imagem trafega por uma localidade em Campo Grande, zona rural do Rio de Janeiro, em 1967. O sistema de bondes nessa região era administrado pela empresa municipal Serviço de Transporte Rural (STR).

Ônibus Mercedes - Cirb

O veículo da imagem, um Mercedes com carroceria Cirb, percorria a linha 123 (Mauá-J. Allah) em 1970, no Rio de Janeiro. Se encontra na avenida Rio Branco.

Ônibus em Niterói - 1970

O ônibus da foto pertencia à empresa de transporte Serve, de Niterói. Tinha mecânica Mercedes e carroceria fabricada pela Carrocerias Vieira Com. e Ind., empresa extinta entre 1968 e 1971.

Bonde 362 - 1972

A foto nos mostra um ônibus da linha 362 - Bento Ribeiro - Praça 15 (Rio de Janeiro) em seu ponto final em 1972. O veículo tem mecânica Mercedes-Benz e carroceria Caio.

Ônibus Mercedes / Cermava - 1974

O ônibus da imagem tem mecânica Mercedes e carroceria Cermava, e passa pelas ruas de Madureira, bairro do Rio de Janeiro, em 1974.

Ônibus Mercedes / Cermava - 1975

A foto de 1975 mostra um ônibus Mercedes/Cermava que percorria a linha Praça Mauá - Gramacho (baixada fluminense), no Rio de janeiro. Está no ponto em frente à Escola Bahia, na Av. Brasil, via de acesso à cidade.

Ônibus Intermunicipal - 1975

A imagem mostra um dos primeiros ônibus da CTC (Companhia de Transporte Coletivo) do Rio de Janeiro a realizar transporte intermunicipal entre Niterói e o Rio. Esta linha receberia o número 999, e continua ativa até o dia de hoje.

Ônibus Cascadura - Nova Iguaçú - 1976

A foto mostra um ônibus da Viação Nossa Senhora da Penha em 1976. O veículo tem mecânica Mercedes e carroceria Metropolitana, e trafega pelas ruas do subúrbio carioca. Percorria a linha Cascadura-Nova Iguaçú.

Ônibus CTC - Rio de Janeiro - 1977

A imagem mostra os ônibus da linha 416 (Usina-Leblon) estacionados no ponto final da linha na Usina. Pertenciam à Companhia de Transporte Coletivo - CTC, empresa estatal de transporte do Rio de Janeiro. Os ônibus eram modelos Mercedes com carroceria Metropolitana.

Ônibus linha 998 - 1977

A linha 998 foi uma das primeiras intermunicipais instaladas pela CTC (Companhia de Transporte Coletivo) do Rio de Janeiro. Fazia o trajeto entre Niterói (Canto do Rio) e o Aeroporto Internacional, na Ilha do Governador. O modelo da imagem tem mecânica Mercedes e carroceria Nimbus.

Ônibus de três eixos - 1978

Em 1978, a empresa Viação Redentor, do Rio de Janeiro, testou um ônibus urbano de de três eixos de mecânica Mercedes. Foi colocado em serviço na linha 241 - Taquara- Mauá, um corredor de grande demanda. Contudo, o veículo não correspondeu às expectativas e foi descartado como opção.

Ônibus articulado - 1981

A Companhia de Transporte Coletivo (CTC) do Rio de Janeiro experimentou em 1983 o veículo da imagem, um modelo articulado com mecânica Volvo e carroceria Marcopolo. Percorria a linha 219, Praça 15 - Usina. Vemos o ônibus estacionado no ponto final da linha, na Usina. O experimento não deu certo, pois, como se sabe hoje em dia, este tipo de veículo necessita de uma via dedicada para seu pleno aproveitamento.

Integração metrô ônibus - 1982

A primeira tentativa de integração do serviço de transporte por ônibus e o Metrô do Rio de Janeiro aconteceu em 1982. Após alguns anos, o sistema perdeu seu impulso, e só recentemente se conseguiu integrar os dois modais de maneira eficiente. A imagem mostra um ônibus do sistema antigo na Praça Saens Peña, Rio, em 1982.

Ônibus "Frescão" - 1982

Vemos na imagem um ônibus com ar condicionado - apelidado de "frescão" pelos cariocas - saindo da Av. Rio Branco para entrar na Av. Almirante Barroso em 1982. Pertencia à empresa Redentor e fazia a linha Castelo-Taquara (Rio de Janeiro).

Ônibus Jardineira - 1984

Do princípio dos anos 80, a Companhia de Transporte Coletivo (CTC) do Rio de Janeiro introduziu ônibus especiais para passeios turísticos, que foram chamados pelo povo de "jardineiras". Com assentos de madeira para os banhistas e um visual que lembrava o dos bondes, esses veículos conheceram algum sucesso até sua retirada de serviço.

Ônibus Volvo - 1984

O ônibus da imagem, pertencente à CTC (Companhia de Transporte Coletivo) do Rio de Janeiro, percorria a linha intermunicipal 999, entre Niterói e a Lapa, no Rio de Janeiro, a primeira linha intermunicipal da empresa. Tinha mecânica Volvo e carroceria Ciferal.