segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PRAÇA DA REPÚBLICA



A Praça da República nos tempos coloniais era um grande pântano, era depósito de lixo e esgoto colonial, sobre o terreno alagadiço aterrado pelo Conde de Resende, Vice-Rei do Brasil. O "Campo da Cidade", ou "Campo de São Domingos", como também era conhecido, tornou-se no marco divisório entre a cidade e a sua zona rural. Até hoje separa o centro ("cidade velha") do bairro Cidade Nova.




No início do século XVIII, ainda era um campo de cajueiros e ficava fora da cidade, que terminava na Rua da Vala hoje Uruguaiana, nesta época chamava-se Campo de São Domingos. Mais tarde passou a chamar-se Campo de Santana, a partir de 1822, por ordem de D. Pedro I, passou a ser o Campo da Aclamação, devido ao fato histórico da Aclamação do Primeiro Imperador do Brasil, ocorrida em 12 de outubro de 1822. Em 1831, possuía três nomes: era para uns o Campo de Honra; para outros o Campo da Regeneração e ainda o Campo da Liberdade; em 1889, com a Proclamação da República passou a ser finalmente a Praça da República.




Em 1753, era chamado Campo de Santananome originado da igreja nele construída, local de grande afluência de devotos, que foi demolida em 1854 para dar lugar à primeira estação ferroviária urbana do Brasil, a Gare D. Pedro II. Em 1941 no lugar da antiga estação foi inaugurada a Central do Brasil, edifício no estilo Art déco, encimado por um enorme relógio - o maior do mundo na sua categoria.




Em seu entorno foram erguidos outros edifícios: o do Comando do Exército (1811), a sede da Prefeitura, a sede do Corpo dos Bombeiros, a Escola Municipal Rivadávia Correia, a Casa da Moeda do Brasil (1863), a Igreja de São Gonçalo Garcia e São Jorge e a Câmara Municipal.




Em 1870, existia na praça um grande picadeiro, onde os candidatos a cocheiro de tílburis aprendiam o ofício e prestavam exames. 




Como lugar favorito para comemorações de eventos e realização de formaturas militares, foi palco de momentos históricos, a Aclamação do Imperador D. Pedro I e Proclamação da República, pois a casa do Marechal Deodoro ficava em frente; além de manifestações públicas, como os protestos da Revolta da Vacina.



Praça da República – 1818


Praça da República – Séc. XIX (Quartel do Exército)



Praça da República – 1866 (Casa da Moeda, atual Arquivo Nacional) (Onde funcionou como Casa da Moeda até 1983, quando foi transferida para Santa Cruz na Zona Oeste) 



Praça da República – 1870 (Templo da Vitória) (Construído em 1870, após a Guerra do Paraguai)




Praça da República – 15 de Novembro de 1889 (Proclamação da República) 



(Reparem na Bandeira do Brasil Provisória que foi a Bandeira Oficial do Brasil por apenas 4 dias, entre 15 de Novembro de 1889 e 19 de Novembro de 1889, e talvez esse seja o único registro dessa bandeira, em foto)




Praça da República – 1894



Praça da República – 1904 (Revolta da Vacina)



Praça da República – 1905


Praça da República – 1906 


Praça da República – Início do Século XX


Praça da República – 1911



Praça da República – Anos 10



Praça da República – 1915 (Antigo Senado)



Praça da República – 1921



Praça da República – 1922 (Hospital do Pronto-Socorro)



Praça da República – 1925 (Hospital do Pronto-Socorro)



Praça da República – 1930 (Reparem no modelo do ônibus de dois andares, que circulou por alguns anos na cidade, apelidado pelos cariocas de Chope Duplo)



Praça da República – 1930 


Praça da República – Anos 30



Praça da República – Início dos Anos 40



Praça da República – 1956



Praça da República – 1964




Praça da República – Anos 60 (Hospital Souza Aguiar - Construção)



Praça da República – 1966



Praça da República – 1970



Praça da República – 1973


Hoje em dia




Quartel Geral do Corpo de Bombeiros

Em 1864, foi instalado no Rio de Janeiro, o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte, que havia sido criado em 1856.
O prédio atual foi inaugurado no Governo de Rodrigues Alves, com sua dupla fachada, a outra dando para a Rua do Senado.
Foi projetado por Francisco Marcelino de Souza Aguiar e construído entre 1898 e 1903. É uma interessante aplicação da
estrutura metálica, própria da Revolução Industrial. As dependências internas ficam em volta de um grande pátio de
notável estrutura aparente de aço importado da Alemanha. Representa uma grande obra de engenharia do século XIX,
mas só foi assumido no Modernismo, na época de sua construção era considerado de mau gosto, por esta razão teve que
ser composto com uma fachada acadêmica, onde se destaca sua alta torre. Possue em seu interior um Museu Histórico
do Corpo de Bombeiros.


2 comentários:

  1. Parabéns por seu Trabalho admirável que tanto nos honra, e inspira o nosso amor pela Terra e Gente Brasileira.
    Valeu é um Trabalho Amigo do Rio, do Brasil e da Humanidade.
    RIO DE JANEIRO TÃO BELO,
    PRAÇA DA REPÚBLICA IMENSIDÃO

    De Pântano abandonado,
    e do lixo e esgoto colonial.
    Fez-se lugar encantado,
    o agir do povo o tornou ideal
    Ali não tem nada singelo,
    é tudo História e imensidão.
    Rio de Janeiro tão belo,
    Praça da República uma Canção.

    Ali tem vida todo dia,
    e teve muita vida todo o sempre.
    No corre-corre toda a alegria,
    todo Brasileiro é contente.
    Ali é tudo Verde e Amarelo,

    e pulsa cada nosso coração.
    Rio de Janeiro tão belo,
    Praça da República uma Canção.

    Marco divisório da Cidade,
    ligava o Centro com o Rural.
    Muita gente de simplicidade.
    Acalentando sonho ideal.
    E fosse de bota ou de chinelo,
    cada um é nosso cidadão.
    Rio de Janeiro tão belo,
    Praça da República uma Canção.

    Ali teve muito cajueiro,
    por isso que temos o Caju amigo.
    Povo Trabalhador Guerreiro,
    ajudou o Brasil ser Querido.
    Dali o povo ia pro Castelo,
    e fizeram toda a demolição.
    Rio de Janeiro tão belo,
    Praça da República uma Canção.

    Honra, Regeneração e Liberdade,
    todo orgulho a lembrar.
    Ali pela Nacionalidade,
    nossa República se fez proclamar.
    Dali prosa e verso pro prelo,
    com a força da nossa paixão.
    Rio de Janeiro tão belo,
    Praça da República uma Canção.

    Cada vez mais bacana,
    com nossa Crença e Cidadania
    A Velha Igreja de Santana,
    Avó de Jesus, Mãe de Maria.
    Levavam feijão farinha e farelo,
    a luta pela alimentação.
    Rio de Janeiro tão belo,
    Praça da República uma Canção.

    Lugar de fascínio e magia,
    é do amor do Povo Brasileiro.
    A Fé em São Gonçalo Garcia,
    e São Jorge Guerreiro.
    Houve até foice e martelo,
    contra a Vacina foi Revolução
    Rio de Janeiro tão belo,
    Praça da República uma Canção.

    Um Retrato do Nacional ,
    o que nosso povo tem de amor.
    Da gente Artista do Carnaval,
    ao tão heróico Trabalhador
    Cada Zé, João ou Otelo,
    ajudou a construir o Brasil Nação.
    Rio de Janeiro tão belo,
    Praça da República uma Canção.

    Azuir Filho e Turmas de Amigos: do Social da Unicamp, Campinas, SP, de Rocha Miranda, Rio de Janeiro, RJ e de Mosqueiro, Belém, PA.

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  2. Parabéns, seu trabalho me fez sentir vontade de voltar notempo e visitar cada um destes sitios.

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Muito obrigado por comentar em meu blog. Se gostou, lhe convido a segui-lo. Abraço.